A Fiat confirmou que está olhando áreas em Goiana, para aportar seus investimentos em Pernambuco, estimados em R$ 7 bilhões. A montadora italiana não esclareceu se o município vai abrigar todos os empreendimentos (fábrica, pista de testes e centro de pesquisas) ou parte deles, mas informou que está colocando a cidade e os terrenos reservados em Suape na balança. Ontem, o governador Eduardo Campos deixou em aberto a possibilidade de o fabricante de automóveis fazer algum tipo de anúncio junto à Imprensa. Nos bastidores, comenta-se que o pronunciamento em conjunto deve ocorrer nos próximos dias.
“Tudo o que tínhamos para falar oficialmente foi dito. Agora é preciso esperar a Fiat tomar a decisão para repassar para vocês (jornalistas). A montadora está terminando seus estudos para se posicionar”, afirmou Campos. O gestor optou por não comentar a declaração do superintendente da Sudene, Paulo Fontana, que assegurou a desistência por completo do fabricante por Suape e a escolha por Goiana. Segundo o representante da autarquia, os italianos vão ocupar um terreno de 12 milhões de metros quadrados, pertencente às usinas Maravilha e Santa Tereza.
O interesse teria partido da própria Fiat, que não encontrou uma área com as proporções dimensionais e topográficas necessárias para a instalação da pista de testes. A alteração pode gerar uma economia superior a R$ 300 milhões em terraplanagem. A ideia inicial era que esse desembolso fosse realizado pelo próprio Complexo Industrial Portuário de Suape, como antecipou no fim do último ano o então presidente do Porto, Fernando Bezerra Coelho, hoje ministro da Integração Nacional. Suape chegou a reservar duas áreas, que somam 650 hectares. Só a pista deve necessitar de mil hectares.
Os empreendimentos da Fiat serão divididos em financiamentos de R$ 790 milhões via Banco do Nordeste, R$ 3,7 bilhões do BNDES e R$ 1,2 bilhão da Sudene, conforme a Folha antecipou com exclusividade na última quarta-feira.
Fonte: FolhaPE
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